INVESTIR EM PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS
Sem ainda ter lido sobre como salvar o nosso dinheiro em tempo de crise, arrisco afirmar que nada melhor que investir em Parcerias Público Privadas.
Trata-se de um investimento que promete ser mais generoso que qualquer parábola sobre o reino dos céus.
Dizem por aí que neste género de investimentos, tudo corre sobre rodas (leia-se aqui, que Almerindo Marques, que por bem gerir a RTP, foi fazer uma perninha às Estradas de Portugal, e num audaz rasgo de acto de gestão conseguiu inverter um suposto negócio pouco lucrativo, num chorudo e hilariante momento de glória).
A julgar pelo que é noticiado (e escondido) na comunicação social, tratou-se de um gesto magnânime, em que Almerindo Marques, apercebendo-se da aflição porque estavam a passar os parceiros publico privados, arregimentou/planeou/levou a cabo/terá feito umas alterações ao contratualizado para benefício de todos.
Resultou, grosso modo (ou até de modo grosseiro), no que passo a transcrever:
§ A dívida do Estado às concessionárias passou de 178 milhões para mais de 10.000 milhões de euros;
§ A Ascendi (liderada pela Mota-Engil e pelo Grupo Espírito Santo) garantiu mais 5400 milhões de euros em rendas, que não dependem do número de carros em circulação;
§ A Euroscut (liderada pela Ferrovia) garantiu mais 1186 milhões de euros em rendas;
§ Em 2011, o Estado recebe 250 milhões de euros em portagens e paga 650 milhões de euros de euros em rendas, com um prejuízo de 400 milhões de euros.
Ao que também se diz por aí, o Governo, colaborou nesta matéria ajudando como parece ser seu timbre estas empresas nesta sua aflição.
Almerindo Marques, entretanto, retirou-se das Estradas de Portugal e adivinhem lá para onde foi cumprir o seu castigo por suposta gestão danosa ?
Não adivinham pois não? Vai precisamente trabalhar (chamemos-lhe assim) para uma das empresas que comeram o bolo dos 10 000 milhões de euros.
Como é que escrevem 10 000 milhões de euros? Fazem como eu? Escrevo uma parte em números e o restante em letras por extenso.
Há grandes diferenças entre estas acções, ressalvadas por apoios dos diferentes governos, e assaltos à mão armada? Pois há. Nestes, o lucro é maior, menos arriscado e com documentos que avalizam os autores ilibando-os perante a lei; que não sabemos se feita á medida.
Ora de que estão à espera para fazer os investimentos? Qual euromilhões? Parcerias publico privadas é que está a dar.
Como eu sempre disse: a culpa é de Cavaco Silva!! Ou não começava a fazer as estradas, ou tinha arranjado já estes esquemas para evitar que tivessem que ser feitos agora assim à pressa..
Como eu compreendo José Sócrates: um primeiro Ministro que dá o seu melhor pelo país, para agora se descobrir que estamos assim (acho que é mesmo má vontade das pessoas… uns ingratos é o que eu acho !)
Vá, para terminar, INGRATOS, INVEJOSOS, e ultimamente VINGATIVOS !
Crónica de hoje (31 Maio 2011) na Rádio Altitude da Guarda
Tuesday, May 31, 2011
Monday, May 30, 2011
Ecumenismo eleitoral
A IMPORTÂNCIA DE SER ECUMÉNICO
[ idade, credo, cor, língua (José! Viva José!), raça e outros]
Agora que vamos entrar na recta final, percebo algo mais da importância das sondagens.
Estivemos até aqui numa espécie de campeonato, que era importante ganhar, mas que ainda não era o do resultado final (no entanto já dava para mostrar a qualidade dos “adversários”).
Afinal, porque é que eram importantes as sondagens? ao que perece, o partido que neste momento estiver à frente nas sondagens, é como candeia que vai à frente e “alumia duas vezes”. Ouvi dizer que quem estiver melhor nas sondagens poupa em lanches e autocarros, e ganha em espontâneos que aparecem nos comícios (como é costume dizer-se em “politiques” – quando se quer dizer uma coisa e ao mesmo tempo negá-la) não me refiro aqui aos autocarros “poliglotas” que se deslocaram recentemente para comício em Évora, e que pouco mais sabiam dizer em português que o enigmático nome JOSÉ. Vá, também diziam, alguns, José! viva José! E empunhavam bandeiras amarelas e vermelhas (não vou referir qual o partido - chamar-lhe “partido”, é de certa forma apequenar a grandeza da “MÁQUINA”).
Passos Coelho chamou a si a “Africanidade”… a tal MÁQUINA, que não queria fazer a Coisas por menos, pese o facto de tendencialmente LAICA, fez do ECUMENISMO a sua bandeira (ultrapassando em larga escala e categoria a suposta jogada saída de uma cartola de “coelho”). Aqueles autocarros cheios de gentes de toda a parte, idade, credo, cor, língua, raça e outros; veio pulverizar e transformar em nada qualquer outra iniciativa já feita ou a fazer.
São estes rasgos que mostram como se trabalha! Gostei!
Se o PSD (quase em exclusividade), tomou as rédeas de fazer as coisas “à maneira” (seja: tiros no pé a cada passo, e retirando coelhos a cada cartola até à campanha propriamente dita), agora, a julgar pelo sucedido em Évora, é a vez da “MÁQUINA” mostrar ao que anda e o que vale. De uma assentada foi o que se viu! (ou nem tanto, dizem as más línguas, o que não era para se ver).
Este género de episódios evitavam-se (costumavam evitar-se) nos partidos do poder, pois pelo menos os “dependentes” deveriam ter aparecido e assim não ser ter assistido a este “diferente espectáculo” (cuidem, que não disse penoso ou outro adjectivo depreciativo).
Às vezes nos partidos falta gente com outra abertura de espírito. Falta quem controle antes, durante e depois: quem se espera que esteja, quem esteve e quem não esteve. Nos partidos do poder deveriam castigar todos aqueles que “devem favores” e agora por alguma razão se acobardam e não vão aos comícios!! Não me digam que em Évora não havia entre os de nomeação política e suas famílias , gente para encher aquelas bancadas!
Só mais uma nota: se já se previa que os do partido não apareciam, porque é que não se contrataram os familiares de quem montou a estrutura?
PS (leia-se a expressão em latim): Falta de PROFISSIONALISMO! Sim, é isso. É por estas e por outras…
In Terras da Beira (quinzenalmente)
[ idade, credo, cor, língua (José! Viva José!), raça e outros]
Agora que vamos entrar na recta final, percebo algo mais da importância das sondagens.
Estivemos até aqui numa espécie de campeonato, que era importante ganhar, mas que ainda não era o do resultado final (no entanto já dava para mostrar a qualidade dos “adversários”).
Afinal, porque é que eram importantes as sondagens? ao que perece, o partido que neste momento estiver à frente nas sondagens, é como candeia que vai à frente e “alumia duas vezes”. Ouvi dizer que quem estiver melhor nas sondagens poupa em lanches e autocarros, e ganha em espontâneos que aparecem nos comícios (como é costume dizer-se em “politiques” – quando se quer dizer uma coisa e ao mesmo tempo negá-la) não me refiro aqui aos autocarros “poliglotas” que se deslocaram recentemente para comício em Évora, e que pouco mais sabiam dizer em português que o enigmático nome JOSÉ. Vá, também diziam, alguns, José! viva José! E empunhavam bandeiras amarelas e vermelhas (não vou referir qual o partido - chamar-lhe “partido”, é de certa forma apequenar a grandeza da “MÁQUINA”).
Passos Coelho chamou a si a “Africanidade”… a tal MÁQUINA, que não queria fazer a Coisas por menos, pese o facto de tendencialmente LAICA, fez do ECUMENISMO a sua bandeira (ultrapassando em larga escala e categoria a suposta jogada saída de uma cartola de “coelho”). Aqueles autocarros cheios de gentes de toda a parte, idade, credo, cor, língua, raça e outros; veio pulverizar e transformar em nada qualquer outra iniciativa já feita ou a fazer.
São estes rasgos que mostram como se trabalha! Gostei!
Se o PSD (quase em exclusividade), tomou as rédeas de fazer as coisas “à maneira” (seja: tiros no pé a cada passo, e retirando coelhos a cada cartola até à campanha propriamente dita), agora, a julgar pelo sucedido em Évora, é a vez da “MÁQUINA” mostrar ao que anda e o que vale. De uma assentada foi o que se viu! (ou nem tanto, dizem as más línguas, o que não era para se ver).
Este género de episódios evitavam-se (costumavam evitar-se) nos partidos do poder, pois pelo menos os “dependentes” deveriam ter aparecido e assim não ser ter assistido a este “diferente espectáculo” (cuidem, que não disse penoso ou outro adjectivo depreciativo).
Às vezes nos partidos falta gente com outra abertura de espírito. Falta quem controle antes, durante e depois: quem se espera que esteja, quem esteve e quem não esteve. Nos partidos do poder deveriam castigar todos aqueles que “devem favores” e agora por alguma razão se acobardam e não vão aos comícios!! Não me digam que em Évora não havia entre os de nomeação política e suas famílias , gente para encher aquelas bancadas!
Só mais uma nota: se já se previa que os do partido não apareciam, porque é que não se contrataram os familiares de quem montou a estrutura?
PS (leia-se a expressão em latim): Falta de PROFISSIONALISMO! Sim, é isso. É por estas e por outras…
In Terras da Beira (quinzenalmente)
Ora Troika
ORA TROIKA…
ou virtuosismo da banha da cobra.
(o medicamento não deve ser tomado sem conselho médico, não vá acontecer ser cicuta)
Quando todos pensavam que assim que se começassem a descobrir “as verdades”, o povo, teria um acordar diferente, eis que perante tal, a letargia tomou conta da populaça.
O que já todos sabíamos, e contrariamente ao que é tornado público, [sabiam mais os que mais perto estiveram do pote], o país está como está, e talvez até pior. Na VERDADE (pura mentira esta verdade interpretada por seguidores da filosofia da IRONIA), tudo o que nos vieram dizer, alguém tinha dúvidas?
Volto a reafirmar, que os seguidores, sem chamar “tachistas” ou “carreiristas políticos”, tanto sabem como a coisa pública está e estava, que tudo farão para que continue a estar.
Não resisto aqui a transcrever um excerto de um texto sobre Sócrates (heheheh, tirado ao acaso; bem, digo ao acaso, mas confiando que fosse o suficientemente “venenoso” e “desinocente”(vocábulo acabado de pescar) para o expor aqui, e diz o seguinte: “Nessa empreitada de colocar a filosofia ao serviço da formação do ser humano, Sócrates não estava sozinho. Pensadores sofistas (e/ou equiparados), os educadores profissionais da época (e/ou desta também), igualmente se voltavam para o homem, mas com um objetivo mais imediato: formar as elites dirigentes (e/ou “tachistas” e assim),. Isso significava transmitir aos jovens não o valor (e aqui apaguei um pedacinho que não interessava, só para não descontextualizar, aliás uma predilecção do nosso primeiro), além de desenvolver sua eloqüência, que era a principal habilidade (e isto sim fantasticamente interpretado na actualidade) esperada de um político.”
Sócrates estava tão ansioso que o PSD apresentasse programa de governo, tanto como o PSD estava com vontade de escolher o líder do PS no passado comício de lançamento (chamado congresso PS).
Mas o mais ansioso, acho mesmo eu, era o Ministro de Estado, Santos Silva (Augusto); sim, de tal forma andava abatido por não bater, que mais uma vez lhe fizeram a vontade.
Escrevi este texto ainda sem saber o que dirá Passos Coelho ao país sobre o tal programa de governo, só para não correr o risco de me deixar influenciar. Mas alguém acredita que o nosso primeiro vai reescrever, para resposta, o que já está escrito? Vai dizer o que sempre disse e sempre dirá (mesmo que entrevistado, responderá ao que lhe aprouver, com a tal máxima socrática da ironia e da maêutica).
O PSD, por sua vez, tentará moralizar, e vai tentar moralizar de tal forma que se vai solidarizar de tal forma com os seis anos de governo socialista, que assumirá neste programa de governo a paternidade de todos os “filhos bastardos” gerados nas alcovas e vãos de escada duma tal suposta/talvez/quiçá/quem sabe, orgia e deboche (figuras de estilo, tão só figuras) que, possa/suposta/talvez/quiçá/quem sabe ter havido na governação recente (estes pensamentos de “assumpção” do mal ou desgraça alheia, seria, acho eu, uma boa atitude a ter por democratas cristãos… agora libérias socais – ou outro adjectivo – não se deviam meter nestes assuntos. Seja: quem quer ter filhos, e filhos desta categoria, ou pelo menos deste género de mães, que os assuma [liberal]).
Face ao exposto, aqui fica um conselho ao nosso primeiro: Ó pá! Organizem aí uma rifa, uma quermesse ou um sorteio de um presunto (vá, como diria o saudoso – mesmo saudoso face ao estado do estado – o saudoso VALE AZEVEDO, sejamos sérios!!! O que saísse na rifa valia 78.000.000.000 de euros); organizem lá a rifa, vendam uma a Sócrates, que com tamanha sorte…
~
In Terras da Beira (quinzenalmente)
ou virtuosismo da banha da cobra.
(o medicamento não deve ser tomado sem conselho médico, não vá acontecer ser cicuta)
Quando todos pensavam que assim que se começassem a descobrir “as verdades”, o povo, teria um acordar diferente, eis que perante tal, a letargia tomou conta da populaça.
O que já todos sabíamos, e contrariamente ao que é tornado público, [sabiam mais os que mais perto estiveram do pote], o país está como está, e talvez até pior. Na VERDADE (pura mentira esta verdade interpretada por seguidores da filosofia da IRONIA), tudo o que nos vieram dizer, alguém tinha dúvidas?
Volto a reafirmar, que os seguidores, sem chamar “tachistas” ou “carreiristas políticos”, tanto sabem como a coisa pública está e estava, que tudo farão para que continue a estar.
Não resisto aqui a transcrever um excerto de um texto sobre Sócrates (heheheh, tirado ao acaso; bem, digo ao acaso, mas confiando que fosse o suficientemente “venenoso” e “desinocente”(vocábulo acabado de pescar) para o expor aqui, e diz o seguinte: “Nessa empreitada de colocar a filosofia ao serviço da formação do ser humano, Sócrates não estava sozinho. Pensadores sofistas (e/ou equiparados), os educadores profissionais da época (e/ou desta também), igualmente se voltavam para o homem, mas com um objetivo mais imediato: formar as elites dirigentes (e/ou “tachistas” e assim),. Isso significava transmitir aos jovens não o valor (e aqui apaguei um pedacinho que não interessava, só para não descontextualizar, aliás uma predilecção do nosso primeiro), além de desenvolver sua eloqüência, que era a principal habilidade (e isto sim fantasticamente interpretado na actualidade) esperada de um político.”
Sócrates estava tão ansioso que o PSD apresentasse programa de governo, tanto como o PSD estava com vontade de escolher o líder do PS no passado comício de lançamento (chamado congresso PS).
Mas o mais ansioso, acho mesmo eu, era o Ministro de Estado, Santos Silva (Augusto); sim, de tal forma andava abatido por não bater, que mais uma vez lhe fizeram a vontade.
Escrevi este texto ainda sem saber o que dirá Passos Coelho ao país sobre o tal programa de governo, só para não correr o risco de me deixar influenciar. Mas alguém acredita que o nosso primeiro vai reescrever, para resposta, o que já está escrito? Vai dizer o que sempre disse e sempre dirá (mesmo que entrevistado, responderá ao que lhe aprouver, com a tal máxima socrática da ironia e da maêutica).
O PSD, por sua vez, tentará moralizar, e vai tentar moralizar de tal forma que se vai solidarizar de tal forma com os seis anos de governo socialista, que assumirá neste programa de governo a paternidade de todos os “filhos bastardos” gerados nas alcovas e vãos de escada duma tal suposta/talvez/quiçá/quem sabe, orgia e deboche (figuras de estilo, tão só figuras) que, possa/suposta/talvez/quiçá/quem sabe ter havido na governação recente (estes pensamentos de “assumpção” do mal ou desgraça alheia, seria, acho eu, uma boa atitude a ter por democratas cristãos… agora libérias socais – ou outro adjectivo – não se deviam meter nestes assuntos. Seja: quem quer ter filhos, e filhos desta categoria, ou pelo menos deste género de mães, que os assuma [liberal]).
Face ao exposto, aqui fica um conselho ao nosso primeiro: Ó pá! Organizem aí uma rifa, uma quermesse ou um sorteio de um presunto (vá, como diria o saudoso – mesmo saudoso face ao estado do estado – o saudoso VALE AZEVEDO, sejamos sérios!!! O que saísse na rifa valia 78.000.000.000 de euros); organizem lá a rifa, vendam uma a Sócrates, que com tamanha sorte…
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In Terras da Beira (quinzenalmente)
O País onde nós vivemos (menos Sócrates)
Espero que todos os ouvintes já estejam em Portugal há alguns meses, ou pelo menos ouçam notícias de Portugal com alguma regularidade.
Agora, estamos em Portugal, é mais ou menos mês de Maio. O governo caiu (vá, sejamos verdadeiros, foi brutalmente derrubado pela oposição – aliás brutalmente, injustificadamente sem se perceber porquê e assim).
O país (para quem não tem cá estado), tem sido superiormente orientado pelo agora candidato a primeiro ministro: José Sócrates.
Uns meses antes de o governo ser brutalmente derrubado, vivia-se um clima de terror (equiparado ao que se dizia do comunismo antes e depois do 25 de Abril). O primeiro ministro de Portugal, ou um ventríloquo/sósia por ele (para os que não têm cá estado), não raras vezes, nas múltiplas aparições nas TVs alertava com a besta do apocalipse (para os que não têm cá estado), bem pior que outra coisa qualquer.
Diz-se por aí que o FMI, veio dizer aos portugueses o que todos já sabíamos (excepto os que não têm cá estado).
Assim que foram dadas ao conhecimento privado as primeiras conclusões, eis que num raro acto de mágica (para os que não têm cá estado), aparece um senhor bem vestido, impoluto/insuspeito/integro/Ingenheiro (para os que não têm cá estado), e diz ao país o que não vai ser preciso fazer! E que afinal o que aí vem, serão só benesses como sempre (ali apareceu também um homem sério e de olhar profundo, atrás de um senhor bem vestido).
E não fosse o PSD (para os que não têm cá estado, o PSD foi aquele partido que apoiou um governo nos vários PEC feitos por um governo que não tem cá estado).
Já me esquecia. O PSD, solidário com o tal primeiro ministro (que não tinha cá estado), assumiu-se como tábua de salvação. Como? Assumiu o PSD o papel de Governo cessante e Sócrates (esse que não tem cá estado), assumiu o papel de oposição.
Agora é vê-los não só em campo, mas, e principalmente nas sondagens a fazerem os seus papeis: O PSD a cometer gafes (desconfio que a pedido do PS) umas atrás das outras, e o tal primeiro ministro que não tem cá estado, a acusar esse tal partido que agora faz de ex-governo, de todos os males que nos afligem.
Caro Passos Coelho, esse papel de assumpção de erros alheios, e empréstimo de corpo para levar porrada, seria um principio da Democracia Cristã e não tanto de um partido liberal social (é pá.. liberal, liberal, mas nem tanto).
Caro Passos Coelho, evite que se continuem a discutir os pelos públicos, e recoloque no debate político os nomes nos bois. Se for o caso, faça lá o jeito e recorde ao nosso primeiro que cá não mora a Alice; nem este pais, é neste momento, é o tal das maravilhas.
Caro Passos Coelho, se ao menos o sr tivesse tirado um curso de político ao domingo!! poderia perceber que em política (às vezes) uma verdade é uma coisa que se constrói na base de muitas mentiras bem engendradas.
In Rádio Altitude (quinzenalmente)
Agora, estamos em Portugal, é mais ou menos mês de Maio. O governo caiu (vá, sejamos verdadeiros, foi brutalmente derrubado pela oposição – aliás brutalmente, injustificadamente sem se perceber porquê e assim).
O país (para quem não tem cá estado), tem sido superiormente orientado pelo agora candidato a primeiro ministro: José Sócrates.
Uns meses antes de o governo ser brutalmente derrubado, vivia-se um clima de terror (equiparado ao que se dizia do comunismo antes e depois do 25 de Abril). O primeiro ministro de Portugal, ou um ventríloquo/sósia por ele (para os que não têm cá estado), não raras vezes, nas múltiplas aparições nas TVs alertava com a besta do apocalipse (para os que não têm cá estado), bem pior que outra coisa qualquer.
Diz-se por aí que o FMI, veio dizer aos portugueses o que todos já sabíamos (excepto os que não têm cá estado).
Assim que foram dadas ao conhecimento privado as primeiras conclusões, eis que num raro acto de mágica (para os que não têm cá estado), aparece um senhor bem vestido, impoluto/insuspeito/integro/Ingenheiro (para os que não têm cá estado), e diz ao país o que não vai ser preciso fazer! E que afinal o que aí vem, serão só benesses como sempre (ali apareceu também um homem sério e de olhar profundo, atrás de um senhor bem vestido).
E não fosse o PSD (para os que não têm cá estado, o PSD foi aquele partido que apoiou um governo nos vários PEC feitos por um governo que não tem cá estado).
Já me esquecia. O PSD, solidário com o tal primeiro ministro (que não tinha cá estado), assumiu-se como tábua de salvação. Como? Assumiu o PSD o papel de Governo cessante e Sócrates (esse que não tem cá estado), assumiu o papel de oposição.
Agora é vê-los não só em campo, mas, e principalmente nas sondagens a fazerem os seus papeis: O PSD a cometer gafes (desconfio que a pedido do PS) umas atrás das outras, e o tal primeiro ministro que não tem cá estado, a acusar esse tal partido que agora faz de ex-governo, de todos os males que nos afligem.
Caro Passos Coelho, esse papel de assumpção de erros alheios, e empréstimo de corpo para levar porrada, seria um principio da Democracia Cristã e não tanto de um partido liberal social (é pá.. liberal, liberal, mas nem tanto).
Caro Passos Coelho, evite que se continuem a discutir os pelos públicos, e recoloque no debate político os nomes nos bois. Se for o caso, faça lá o jeito e recorde ao nosso primeiro que cá não mora a Alice; nem este pais, é neste momento, é o tal das maravilhas.
Caro Passos Coelho, se ao menos o sr tivesse tirado um curso de político ao domingo!! poderia perceber que em política (às vezes) uma verdade é uma coisa que se constrói na base de muitas mentiras bem engendradas.
In Rádio Altitude (quinzenalmente)
Será Sócrates Culpado'....
Ora de culpado em culpado, um só parece ser inocente, de seu nome Pinto de Sousa, ou José Sócrates Carvalho.
Num principio, era o Presidente da República o grande fantasma que ensombrava a governação do país, mais tarde era Passos Coelho que lhe aprovava os PEC´s, sem lhe reprovar nenhum, à excepção do último.
Ora o Presidente da República, nunca lhe prestou o serviço, à moda de Jorge Sampaio (diz-se agora com muito menos razões em relação a Santana Lopes). O presidente que poderia ter demitido Sócrates e assim lhe dar um fantástico motivo de vitimização, foi um ingrato, pois mesmo provocado, nada fez.
Já quanto ao segundo, Passos Coelho, estava Sócrates já quase a desanimar, pois também parecia que ainda não era deste PEC, que percebia o que Sócrates queria.
E o que é que Sócrates queria? Queria ser demitido, ou em último caso demitir-se com um “álibi”… Passos lá lhe fez o jeito. E qual a paga? A paga é agora ser acusado Passos Coelho, de ter mergulhado o país numa crise.
Como muitos dizem: mas afinal este Primeiro Ministro era de cá? Ou deixou cá um “sósia” enquanto se passeava coma ALICE no fantástico país das maravilhas?
Logo agora (quero dizer na altura do PEC IV), que o país tinha uma solução… logo agora é que Passos Coelho (esquecendo que a oposição não é só PSD) resolve não aprovar um pacote tão bom.
Com o país em dificuldades, a oposição agudiza os problemas… que irresponsabilidade. É de tal forma grave, que só poderia ser suplantado pela tal, hipotética, talvez, quiçá tentativa de demitir o Ministro Teixeira dos Santos.
Diz-se que o próprio Sócrates, terá tido essa brilhante ideia de demitir Teixeira dos Santos de um Governo Demitido. Ainda bem que não foi possível, imaginem só o aborrecimento que seria a campanha sem ser Passos Coelho o exclusivo da culpa, e passar também a partilhar esse fardo com Teixeira dos Santos (que a ser demitido) seria também traidor.
Ora se a postura da oposição, trouxe uma imagem negativa do país (que aproveitamos para dizer que lá fora desconheciam que nós éramos assim); O que se diria de um país que demite ministros demitidos?
Será que essa tentativa de esvaziar Teixeira dos Santos, faz parte de uma estratégia de contrariamente ao que Sócrates diz, de o impedir de dizer do que sabe á “troika”, sobre a realidade económica de Portugal?Teixeira dos Santos é assim um amigo do PS, e ainda mais: um amigo para a vida. Lá diz o povo: com amigos assim.
Crónica na Rádio Altitude (quinzenal)
Num principio, era o Presidente da República o grande fantasma que ensombrava a governação do país, mais tarde era Passos Coelho que lhe aprovava os PEC´s, sem lhe reprovar nenhum, à excepção do último.
Ora o Presidente da República, nunca lhe prestou o serviço, à moda de Jorge Sampaio (diz-se agora com muito menos razões em relação a Santana Lopes). O presidente que poderia ter demitido Sócrates e assim lhe dar um fantástico motivo de vitimização, foi um ingrato, pois mesmo provocado, nada fez.
Já quanto ao segundo, Passos Coelho, estava Sócrates já quase a desanimar, pois também parecia que ainda não era deste PEC, que percebia o que Sócrates queria.
E o que é que Sócrates queria? Queria ser demitido, ou em último caso demitir-se com um “álibi”… Passos lá lhe fez o jeito. E qual a paga? A paga é agora ser acusado Passos Coelho, de ter mergulhado o país numa crise.
Como muitos dizem: mas afinal este Primeiro Ministro era de cá? Ou deixou cá um “sósia” enquanto se passeava coma ALICE no fantástico país das maravilhas?
Logo agora (quero dizer na altura do PEC IV), que o país tinha uma solução… logo agora é que Passos Coelho (esquecendo que a oposição não é só PSD) resolve não aprovar um pacote tão bom.
Com o país em dificuldades, a oposição agudiza os problemas… que irresponsabilidade. É de tal forma grave, que só poderia ser suplantado pela tal, hipotética, talvez, quiçá tentativa de demitir o Ministro Teixeira dos Santos.
Diz-se que o próprio Sócrates, terá tido essa brilhante ideia de demitir Teixeira dos Santos de um Governo Demitido. Ainda bem que não foi possível, imaginem só o aborrecimento que seria a campanha sem ser Passos Coelho o exclusivo da culpa, e passar também a partilhar esse fardo com Teixeira dos Santos (que a ser demitido) seria também traidor.
Ora se a postura da oposição, trouxe uma imagem negativa do país (que aproveitamos para dizer que lá fora desconheciam que nós éramos assim); O que se diria de um país que demite ministros demitidos?
Será que essa tentativa de esvaziar Teixeira dos Santos, faz parte de uma estratégia de contrariamente ao que Sócrates diz, de o impedir de dizer do que sabe á “troika”, sobre a realidade económica de Portugal?Teixeira dos Santos é assim um amigo do PS, e ainda mais: um amigo para a vida. Lá diz o povo: com amigos assim.
Crónica na Rádio Altitude (quinzenal)
Thursday, March 17, 2011
Quem gosta do “NOVO PACOTE” de Sócrates?
Lendo as coisas como talvez elas não são, pergunte-se: chegará a ser este novo pacote (PEC), uma medida do Partido Socialista? Talvez do Governo Socialista? Ou será ao menos uma parceria do Primeiro Ministro, do Ministro das Finanças e de Santos Silva?
José Maria Carrilho, que sabemos, não morre de amores por Sócrates, afirma mesmo que enquanto o Presidente da República fazia o tal “nefasto e sectarista” discurso à Nação, os acima mencionados, “trabalhavam” como que clandestinamente no tal documento.
Passos Coelho, acolheu o anterior pacote de Sócrates, engolindo em seco para não ser dali a causa da instabilidade. Em nome dessa estabilidade, ou o seu contrário (que há muito boa gente que é mesmo em nome do seu contrário) se não aprovar este novo PEC, será considerado “DESERTOR” – cabe aqui notar a precisão da linguagem, na sua propriedade de termos, pois o referido ministro é nem mais nem menos o da Defesa, e que gosta de malhar na oposição.
Quando tantos sinais nos chegam de todo o mundo, em que o poder é exercido por um só homem sem ouvir os seus súbditos (neste caso até os seus superiores), como é que ocorreu ao nosso Primeiro a peregrina ideia de “salvar” o país sozinho?
“Orgulhosamente sós”, parece que era a máxima de Salazar. Não tarda muito e teremos na rua Jerónimo de Sousa a recuperar máximas do “quero posso e mando”. Ao menos uma palavrinha ao seu próprio partido; ao menos uma palavrinha ao Parlamento; ao menos uma palavrinha ao parceiro do actual PEC, ao menos uma palavrinha ao Presidente da República… vá lá, ao menos uma palavrinha aos portugueses.
Não falamos aqui da falta de saber estar, de cultura democrática, desprezo ou outras que se diz, que possam ter estado na origem de tal atitude. Não acreditamos que a omissão ao Presidente da República se fique a dever ao tal tenebroso/funesto/irrealista/descabido/sectarista e tudo, discurso da tomada de posse.
Ao parlamento, nada terá dito, com receio de se vir a arrepender no caminho para Bruxelas? (acontece com frequência, que quando estamos convencidos de uma coisa, da qual só nós estamos convencidos, nada dizemos até ao facto consumado – quem nunca fez uma compra assim? Desastrosa? Talvez, mas ao menos fui eu sozinho!).
Ao parceiro que suporta com ele o actual PEC, nada terá dito, para o poupar a mais um “compromisso” comprometedor… (afinal sempre há homens que não arrastam para o lodo quem os ajuda).
E à Geração Rasca/À rasca? se há cerca de dez anos os jovens baixaram as calças na direcção do Ministro da Educação, não era caso para Sócrates lhes responder agora mostrando outro PACOTE!
Agostinho da Silva, in Terras da Beira, 17 de Março 2011
Lendo as coisas como talvez elas não são, pergunte-se: chegará a ser este novo pacote (PEC), uma medida do Partido Socialista? Talvez do Governo Socialista? Ou será ao menos uma parceria do Primeiro Ministro, do Ministro das Finanças e de Santos Silva?
José Maria Carrilho, que sabemos, não morre de amores por Sócrates, afirma mesmo que enquanto o Presidente da República fazia o tal “nefasto e sectarista” discurso à Nação, os acima mencionados, “trabalhavam” como que clandestinamente no tal documento.
Passos Coelho, acolheu o anterior pacote de Sócrates, engolindo em seco para não ser dali a causa da instabilidade. Em nome dessa estabilidade, ou o seu contrário (que há muito boa gente que é mesmo em nome do seu contrário) se não aprovar este novo PEC, será considerado “DESERTOR” – cabe aqui notar a precisão da linguagem, na sua propriedade de termos, pois o referido ministro é nem mais nem menos o da Defesa, e que gosta de malhar na oposição.
Quando tantos sinais nos chegam de todo o mundo, em que o poder é exercido por um só homem sem ouvir os seus súbditos (neste caso até os seus superiores), como é que ocorreu ao nosso Primeiro a peregrina ideia de “salvar” o país sozinho?
“Orgulhosamente sós”, parece que era a máxima de Salazar. Não tarda muito e teremos na rua Jerónimo de Sousa a recuperar máximas do “quero posso e mando”. Ao menos uma palavrinha ao seu próprio partido; ao menos uma palavrinha ao Parlamento; ao menos uma palavrinha ao parceiro do actual PEC, ao menos uma palavrinha ao Presidente da República… vá lá, ao menos uma palavrinha aos portugueses.
Não falamos aqui da falta de saber estar, de cultura democrática, desprezo ou outras que se diz, que possam ter estado na origem de tal atitude. Não acreditamos que a omissão ao Presidente da República se fique a dever ao tal tenebroso/funesto/irrealista/descabido/sectarista e tudo, discurso da tomada de posse.
Ao parlamento, nada terá dito, com receio de se vir a arrepender no caminho para Bruxelas? (acontece com frequência, que quando estamos convencidos de uma coisa, da qual só nós estamos convencidos, nada dizemos até ao facto consumado – quem nunca fez uma compra assim? Desastrosa? Talvez, mas ao menos fui eu sozinho!).
Ao parceiro que suporta com ele o actual PEC, nada terá dito, para o poupar a mais um “compromisso” comprometedor… (afinal sempre há homens que não arrastam para o lodo quem os ajuda).
E à Geração Rasca/À rasca? se há cerca de dez anos os jovens baixaram as calças na direcção do Ministro da Educação, não era caso para Sócrates lhes responder agora mostrando outro PACOTE!
Agostinho da Silva, in Terras da Beira, 17 de Março 2011
Saturday, March 5, 2011
PARTIDA DE CARNAVAL
(Chegada antes da Páscoa?)
Sobre a grande manifestação de adesão popular que se espera venha a ser mais uma vez o enterro e morte do galo do Entrudo na Guarda. E a propósito disto, a manifestação em Évora dos agentes culturais sobre as verbas assumidas e não pagas.
Imaginem lá que as diversas associações do concelho da Guarda, aproveitavam o evento (Julgamento e Morte do Galo do Entrudo), para se manifestar ali em praça pública sobre (nem digo contra) as verbas, que me escuso aqui contabilizar, que eventualmente a Câmara Municipal da Guarda lhes deve?
Mas deve? Deve como? Não é possível que deva assim tanto!
Pois não deve dever, senão a oposição já teria disso falado dizem os leitores.
Mas nisto, como noutros temas, os políticos, que estudaram, mais ou menos por cartilhas parecidas são muito iguais independentemente das universidades serem mais ou menos modernas ou independentes.
O que é que faz um politico, bom gestor de falta de verbas? Ora, simples: cria um REGULAMENTO de atribuição de verbas para o fim (objecto) ao qual deve. Já assim fazem os ministérios; quanto menos verba há disponível, mais candidaturas admitem, ou até inventam possíveis candidaturas. Qual o objectivo? Antigo saber dos nossos antepassados; “enquanto o pau vai e volta… folgam as costas”.
Em que é que resultou de bom o regulamento de apoio à prática desportiva? No mesmo de sempre: quem tinha canais preferenciais, certamente continuará a ter, quem não tinha, e também não arranjou…tem coisa nenhuma. Só que agora, coisa nenhuma regulamentada!
Soou-me que também para a actividade cultural já há um regulamento, refiro-me à Câmara Municipal da Guarda (se já há…) nada mais perverso, pois estamos muito para além da chamada antecâmara das situações tipo: “enterrados” em dívidas às entidades em causa… há que criar uma regulamentação para moralizar.
As associações, continuam a estar presentes, salvo raras excepções (e ressalvo aqui que a Associação Cultural e Desportiva do Jarmelo, a não estar presente no “Enterro e Morte do Galo”, nada se deverá à minha, suposta/possível nefasta influência). Ainda não percebi muito bem o que ainda consegue trazer as associações (certamente, por nutrirem mais simpatia por outras entidades, que por arautos da opinião e afins e tal).
Ainda bem que não percebo o que realmente se passa: nem o tamanho da dívida sei (se a houver, o que duvido muito); nem as promessas de a saldar sei (se as há); nem sei se no caso dos grupos que integram o projecto andarilho lhes acontece o mesmo (falta de verbas prometidas); ainda bem que não sei.
E afinal o que sei? Não sei. Vá, minto! Sei que um dia serão novamente todos elogiados, serão novamente todos colocados num platónico pedestal, e simples esta gente, como “somos”, sorriremos ao sorriso (porque assim foram educadas as pessoas desde pequenas), e disso faremos mais uma vez perceber que afinal está tudo bem! Aliás, nunca esteve tão bem (tirando, diga-se assim, que no desfile de dia 7 de Março, “este grupo é que poderia ter ido atrás do nosso, ou nós à frente.. ou aprecemos menos na televisão e assim”).
E como está agora muito em voga: Ainda está para nascer quem seja mais…. Sim, isso!
E a vida continua (quero mesmo dizer contínua).
in Terras da Beira, 3 Março 2011
(Chegada antes da Páscoa?)
Sobre a grande manifestação de adesão popular que se espera venha a ser mais uma vez o enterro e morte do galo do Entrudo na Guarda. E a propósito disto, a manifestação em Évora dos agentes culturais sobre as verbas assumidas e não pagas.
Imaginem lá que as diversas associações do concelho da Guarda, aproveitavam o evento (Julgamento e Morte do Galo do Entrudo), para se manifestar ali em praça pública sobre (nem digo contra) as verbas, que me escuso aqui contabilizar, que eventualmente a Câmara Municipal da Guarda lhes deve?
Mas deve? Deve como? Não é possível que deva assim tanto!
Pois não deve dever, senão a oposição já teria disso falado dizem os leitores.
Mas nisto, como noutros temas, os políticos, que estudaram, mais ou menos por cartilhas parecidas são muito iguais independentemente das universidades serem mais ou menos modernas ou independentes.
O que é que faz um politico, bom gestor de falta de verbas? Ora, simples: cria um REGULAMENTO de atribuição de verbas para o fim (objecto) ao qual deve. Já assim fazem os ministérios; quanto menos verba há disponível, mais candidaturas admitem, ou até inventam possíveis candidaturas. Qual o objectivo? Antigo saber dos nossos antepassados; “enquanto o pau vai e volta… folgam as costas”.
Em que é que resultou de bom o regulamento de apoio à prática desportiva? No mesmo de sempre: quem tinha canais preferenciais, certamente continuará a ter, quem não tinha, e também não arranjou…tem coisa nenhuma. Só que agora, coisa nenhuma regulamentada!
Soou-me que também para a actividade cultural já há um regulamento, refiro-me à Câmara Municipal da Guarda (se já há…) nada mais perverso, pois estamos muito para além da chamada antecâmara das situações tipo: “enterrados” em dívidas às entidades em causa… há que criar uma regulamentação para moralizar.
As associações, continuam a estar presentes, salvo raras excepções (e ressalvo aqui que a Associação Cultural e Desportiva do Jarmelo, a não estar presente no “Enterro e Morte do Galo”, nada se deverá à minha, suposta/possível nefasta influência). Ainda não percebi muito bem o que ainda consegue trazer as associações (certamente, por nutrirem mais simpatia por outras entidades, que por arautos da opinião e afins e tal).
Ainda bem que não percebo o que realmente se passa: nem o tamanho da dívida sei (se a houver, o que duvido muito); nem as promessas de a saldar sei (se as há); nem sei se no caso dos grupos que integram o projecto andarilho lhes acontece o mesmo (falta de verbas prometidas); ainda bem que não sei.
E afinal o que sei? Não sei. Vá, minto! Sei que um dia serão novamente todos elogiados, serão novamente todos colocados num platónico pedestal, e simples esta gente, como “somos”, sorriremos ao sorriso (porque assim foram educadas as pessoas desde pequenas), e disso faremos mais uma vez perceber que afinal está tudo bem! Aliás, nunca esteve tão bem (tirando, diga-se assim, que no desfile de dia 7 de Março, “este grupo é que poderia ter ido atrás do nosso, ou nós à frente.. ou aprecemos menos na televisão e assim”).
E como está agora muito em voga: Ainda está para nascer quem seja mais…. Sim, isso!
E a vida continua (quero mesmo dizer contínua).
in Terras da Beira, 3 Março 2011
Wednesday, January 26, 2011
INVERNO, FRIO, MUITO FRIO!
O imaginário de Inverno era feito de frio, muito frio.
Íamos apanhar nabos prás vacas debaixo de chuva, ou vento que cortava, mesmo que tivesse a vantagem de não ser acompanhado por chuva. Lembro-me nos invernos mais rigorosos, termos que nos recorrer de uma picareta para apanhar os nabos.
O Inverno frio, muito frio, tinha fogueiras, também espigos de nabo, que também chamávamos grelos. Tinha na panela uma bucheira, ou uma chouriça que normalmente rebentava, ou as mães picavam com uma agulha para soltar tempero forte no caldo (nunca percebi muito bem isso de haver sopa e caldo).
Essa chouriça ou bucheira, era o conduto que acompanhava as batatas na refeição, quando não era só o azeite do Mondego que o “Ti Curto” vendia montado numa égua (ou cavalo, que já não sei precisar). Impressionavam-me os odres, pelo seu aspecto pouco higiénico, mas mais pelo preconceito de saber que eram feitos da pele de uma cabra.
O Inverno era feito de peças de caça que o meu pai (Monteiro de nome) apanhava com bastante frequência, era feito de míscaros e tartulhos que apanhávamos com certa mestria e saber, que nos era legado pelos mais velhos.
O Inverno era feito de matança do porco. Ahava aquilo muito agreste, sempre tomava o partido do porco, até ao momento em que se lhe retirava a “passarinha” e logo ali, às vezes no pátio se assava numa fogueira que fazíamos com o resto dos tojos com que os adultos queimavam o porco.
O Inverno era feito de noites longas sem luz nem televisão, era feito de garotos que íamos cedo prá cama a maior parte dos dias. Também era feito das histórias da avó Rainha.
O Inverno tinha tanto potencial.
Conseguimos em muito pouco tempo destruir quase tudo o que o Inverno nos trazia. Já não se apanham míscaros (ao que parece até já são meio venenosos), já não há caça (a não ser uma coisa estranha de vintenas de cães e homens ao Domingo e quinta feira, por ali aos tiros e de cartucheira vazia e cintura sem caça).
Ainda há nabos, mas quase não há vacas. As vacas amarelas do nosso imaginário, quase desapareceram, e os proprietários de vacas de campo já não lhes dão nabos.
Já não se mata o porco, nem se comem torresmos que fazem mal ao colesterol.
O Inverno é agora de noites curtas, televisões longas, levantares estremunhados, gente agitada, gente sem trabalho, campo abandonado.
O Inverno é cada vez mais sem chouriças, morcelas, bucheiras, buchos e grelos. O azeite não é do Mondego nem as cabras cedem a pele para odres.
As fogueiras são agora aquecimentos a gás natural ou gasóleo.
Falamos imenso com gente virtual na net, sobre histórias reais, que nada nos dizem passados dez segundos.
Agostinho da Silva (in Crónicas Diárias, Rádio Altitude, 25 Jan)
Íamos apanhar nabos prás vacas debaixo de chuva, ou vento que cortava, mesmo que tivesse a vantagem de não ser acompanhado por chuva. Lembro-me nos invernos mais rigorosos, termos que nos recorrer de uma picareta para apanhar os nabos.
O Inverno frio, muito frio, tinha fogueiras, também espigos de nabo, que também chamávamos grelos. Tinha na panela uma bucheira, ou uma chouriça que normalmente rebentava, ou as mães picavam com uma agulha para soltar tempero forte no caldo (nunca percebi muito bem isso de haver sopa e caldo).
Essa chouriça ou bucheira, era o conduto que acompanhava as batatas na refeição, quando não era só o azeite do Mondego que o “Ti Curto” vendia montado numa égua (ou cavalo, que já não sei precisar). Impressionavam-me os odres, pelo seu aspecto pouco higiénico, mas mais pelo preconceito de saber que eram feitos da pele de uma cabra.
O Inverno era feito de peças de caça que o meu pai (Monteiro de nome) apanhava com bastante frequência, era feito de míscaros e tartulhos que apanhávamos com certa mestria e saber, que nos era legado pelos mais velhos.
O Inverno era feito de matança do porco. Ahava aquilo muito agreste, sempre tomava o partido do porco, até ao momento em que se lhe retirava a “passarinha” e logo ali, às vezes no pátio se assava numa fogueira que fazíamos com o resto dos tojos com que os adultos queimavam o porco.
O Inverno era feito de noites longas sem luz nem televisão, era feito de garotos que íamos cedo prá cama a maior parte dos dias. Também era feito das histórias da avó Rainha.
O Inverno tinha tanto potencial.
Conseguimos em muito pouco tempo destruir quase tudo o que o Inverno nos trazia. Já não se apanham míscaros (ao que parece até já são meio venenosos), já não há caça (a não ser uma coisa estranha de vintenas de cães e homens ao Domingo e quinta feira, por ali aos tiros e de cartucheira vazia e cintura sem caça).
Ainda há nabos, mas quase não há vacas. As vacas amarelas do nosso imaginário, quase desapareceram, e os proprietários de vacas de campo já não lhes dão nabos.
Já não se mata o porco, nem se comem torresmos que fazem mal ao colesterol.
O Inverno é agora de noites curtas, televisões longas, levantares estremunhados, gente agitada, gente sem trabalho, campo abandonado.
O Inverno é cada vez mais sem chouriças, morcelas, bucheiras, buchos e grelos. O azeite não é do Mondego nem as cabras cedem a pele para odres.
As fogueiras são agora aquecimentos a gás natural ou gasóleo.
Falamos imenso com gente virtual na net, sobre histórias reais, que nada nos dizem passados dez segundos.
Agostinho da Silva (in Crónicas Diárias, Rádio Altitude, 25 Jan)
Friday, January 21, 2011
Presidenciais e outras.
Da politica, as campanhas.
Li um comentário a um artigo de jornal, que não consegui voltar a encontrar… há destas coisas irritantes na internet !
Mas era mais ou menos assim: o comentador congratulava-se com as eleições presidenciais e os proventos que elas carregavam para o esclarecimento do país.
Se estivéssemos em campanha eleitoral permanentemente, tudo (vá lá bastante) poderia vir ao de cima.
Uns por despudor, outros por pudor de virgens ávidas por saber dos deboches das vizinhas à saída da igreja, a classe política e a sua sempre duvidosa relação com o jornalismo (qual não rara promiscuidade, (não disse prostituição!) mútua e subserviência de ocasião, fazendo ora uns de parceiros activos, ora outros de parceiros passivos), vão pondo a nu fraudes e supostas fraudes, casos, negociatas, reformas mais ou menos morais (também consoante seja a pessoa em causa).
Tudo é portanto nestas alturas posto na praça pública, num chorrilho de acusações, nem sempre fundadas; e as que fundadas, caminharão para o infundado (sem fundo) saco das outras todas.
Tudo isto a vir ao de cima, tem o senão de deixar em vergonha a investigação criminal, os órgãos de justiça e as comissões de inquérito; pela celeridade dos corredores da comunicação social em detrimento dos saberes da judiciária e tribunais.
Face a tudo isto, nós os comuns mortais, vamos vendo, ouvindo e lendo, e embora como dizia o tema, continuamos a ignorar.
Deixamos de ignorar, às vezes de forma tão abrupta, um facto que já foi relatado e esquecido, mas porque agora é que é pertinente, voltamos a achá-lo da máxima prioridade e actualidade.
O que por vezes é curioso, é que o tal facto, já talvez ultrapassado ganha tanta actualidade que sobre ele se fazem novas indagações, como se fossem mesmo a fina nata da verdade. Para que tal seja ainda mais verdade, as opiniões dos mesmos protagonistas, são agora o contrário do que foram em outros tempos.
O povo esclarecido na hora é outra coisa, ou não é? Ou não é esclarecido? O que é esclarecer na hora? E só esclarecer, é o quê? Vou cair numa mentira de lugar comum: p´ra dizer a verdade, não sei.
Ag da silva Rádio Altitude, 11 Jan 2011, Crónica Diária
Li um comentário a um artigo de jornal, que não consegui voltar a encontrar… há destas coisas irritantes na internet !
Mas era mais ou menos assim: o comentador congratulava-se com as eleições presidenciais e os proventos que elas carregavam para o esclarecimento do país.
Se estivéssemos em campanha eleitoral permanentemente, tudo (vá lá bastante) poderia vir ao de cima.
Uns por despudor, outros por pudor de virgens ávidas por saber dos deboches das vizinhas à saída da igreja, a classe política e a sua sempre duvidosa relação com o jornalismo (qual não rara promiscuidade, (não disse prostituição!) mútua e subserviência de ocasião, fazendo ora uns de parceiros activos, ora outros de parceiros passivos), vão pondo a nu fraudes e supostas fraudes, casos, negociatas, reformas mais ou menos morais (também consoante seja a pessoa em causa).
Tudo é portanto nestas alturas posto na praça pública, num chorrilho de acusações, nem sempre fundadas; e as que fundadas, caminharão para o infundado (sem fundo) saco das outras todas.
Tudo isto a vir ao de cima, tem o senão de deixar em vergonha a investigação criminal, os órgãos de justiça e as comissões de inquérito; pela celeridade dos corredores da comunicação social em detrimento dos saberes da judiciária e tribunais.
Face a tudo isto, nós os comuns mortais, vamos vendo, ouvindo e lendo, e embora como dizia o tema, continuamos a ignorar.
Deixamos de ignorar, às vezes de forma tão abrupta, um facto que já foi relatado e esquecido, mas porque agora é que é pertinente, voltamos a achá-lo da máxima prioridade e actualidade.
O que por vezes é curioso, é que o tal facto, já talvez ultrapassado ganha tanta actualidade que sobre ele se fazem novas indagações, como se fossem mesmo a fina nata da verdade. Para que tal seja ainda mais verdade, as opiniões dos mesmos protagonistas, são agora o contrário do que foram em outros tempos.
O povo esclarecido na hora é outra coisa, ou não é? Ou não é esclarecido? O que é esclarecer na hora? E só esclarecer, é o quê? Vou cair numa mentira de lugar comum: p´ra dizer a verdade, não sei.
Ag da silva Rádio Altitude, 11 Jan 2011, Crónica Diária
Pai Natal vs Menino Jesus
Ou de como o Pai Natal ganhou ao Menino Jesus.
O Natal, foi durante muitos anos uma festa da família, num sentido muito alargado, mas quase aceite por todos, a festa da Sagrada Família de Nazaré ou Belém.
Cada família, revia-se pelo menos em momentos mais próximos da infância, com a tal família de Nazaré. Os avós nutriam pelos netos um carinho ainda maior nesta altura do ano; os pais, pelo menos os mais jovens, transportavam para os filhos algum daquele sentir da época natalícia.
Aos poucos, fomos substituindo o Natal, que era na sua essência uma festa da família e uma festa religiosa, num cada dia mais despido acto de consumo: incluímos aqui uma troca de presentes cada dia mais ausentes, sms, emails, chamadas a preços reduzidos entre clientes da mesma operadora… e coisas assim.
O Natal para a maioria dos miúdos, foi na minha geração o Natal do Sapatinho e do Menino Jesus; transformou-se agora no Natal do pai Natal, esse senhor que entra pelas casas pela chaminé e um mãos largas nos enche as casas de presentes.
Aqui, na imensidão de presentes, ganhou o Pai Natal o “campeonato” ao Menino Jesus. É que no tempo do menino Jesus, praticamente só as crianças tinham prendas, sendo que muitas vezes só uma; agora todos têm, e aos montes, de tal modo desordenados que é ver pelos caixotes do lixo a quantidade de embalagens.
Essa figura vermelha, como que inventada pela coca cola, veio salvar aqueles que já tinham algum pudor em acreditar na possibilidade de um “Menino” ser o salvador, o MESSIAS. É no entanto mais fácil acreditar que o Pai Natal, viaja de longe, sabe mais ou menos o que nós queremos, e espante-se voa tal qual um super herói com as suas renas amaestradas.
Sente-se agora que as pessoas vivem muito mais libertas desses valores judaico-cristãos que os obrigavam a acreditar em coisas estranhas, e que finalmente esse senhor de ar bonacheirão, veio preencher o angustiante vazio.
É muito mais simples, qualquer um de nós vestir uma indumentária de Pai Natal (baratuchas que são), e entrar na sala e desatar a entregar prendas. Como faria o Menino Jesus?
É muito mais simples, nas escolas desenharmos um Pai Natal, pois qualquer vestimenta Vermelha com barbas e saco é um Pai Natal… já desenhar um menino no presépio, não é pra qualquer um.
Uma coisa é certa: as prendas do Menino Jesus, eram abertas com muito mais respeito, apesar de simples, que hoje as do Pai Natal, mesmo sofisticadas. No tempo do Menino Jesus, os miúdos não desprezavam as prendas, mesmo sendo uma ou no máximo duas.
Como será a vida das crianças espanholas, para quem nem é o Pai Natal nem o Menino Jesus que traz as prendas, mas sim os reis?
Bom ano 2011 para todos!
Ag da silva, Rádio Altitude, Crónica Diária, 28 Dezembro 2010
O Natal, foi durante muitos anos uma festa da família, num sentido muito alargado, mas quase aceite por todos, a festa da Sagrada Família de Nazaré ou Belém.
Cada família, revia-se pelo menos em momentos mais próximos da infância, com a tal família de Nazaré. Os avós nutriam pelos netos um carinho ainda maior nesta altura do ano; os pais, pelo menos os mais jovens, transportavam para os filhos algum daquele sentir da época natalícia.
Aos poucos, fomos substituindo o Natal, que era na sua essência uma festa da família e uma festa religiosa, num cada dia mais despido acto de consumo: incluímos aqui uma troca de presentes cada dia mais ausentes, sms, emails, chamadas a preços reduzidos entre clientes da mesma operadora… e coisas assim.
O Natal para a maioria dos miúdos, foi na minha geração o Natal do Sapatinho e do Menino Jesus; transformou-se agora no Natal do pai Natal, esse senhor que entra pelas casas pela chaminé e um mãos largas nos enche as casas de presentes.
Aqui, na imensidão de presentes, ganhou o Pai Natal o “campeonato” ao Menino Jesus. É que no tempo do menino Jesus, praticamente só as crianças tinham prendas, sendo que muitas vezes só uma; agora todos têm, e aos montes, de tal modo desordenados que é ver pelos caixotes do lixo a quantidade de embalagens.
Essa figura vermelha, como que inventada pela coca cola, veio salvar aqueles que já tinham algum pudor em acreditar na possibilidade de um “Menino” ser o salvador, o MESSIAS. É no entanto mais fácil acreditar que o Pai Natal, viaja de longe, sabe mais ou menos o que nós queremos, e espante-se voa tal qual um super herói com as suas renas amaestradas.
Sente-se agora que as pessoas vivem muito mais libertas desses valores judaico-cristãos que os obrigavam a acreditar em coisas estranhas, e que finalmente esse senhor de ar bonacheirão, veio preencher o angustiante vazio.
É muito mais simples, qualquer um de nós vestir uma indumentária de Pai Natal (baratuchas que são), e entrar na sala e desatar a entregar prendas. Como faria o Menino Jesus?
É muito mais simples, nas escolas desenharmos um Pai Natal, pois qualquer vestimenta Vermelha com barbas e saco é um Pai Natal… já desenhar um menino no presépio, não é pra qualquer um.
Uma coisa é certa: as prendas do Menino Jesus, eram abertas com muito mais respeito, apesar de simples, que hoje as do Pai Natal, mesmo sofisticadas. No tempo do Menino Jesus, os miúdos não desprezavam as prendas, mesmo sendo uma ou no máximo duas.
Como será a vida das crianças espanholas, para quem nem é o Pai Natal nem o Menino Jesus que traz as prendas, mas sim os reis?
Bom ano 2011 para todos!
Ag da silva, Rádio Altitude, Crónica Diária, 28 Dezembro 2010
áGUAS
ÁGUAS DE POR PORTUGAL (GAGUÊS)
Aos leitores as minhas desculpas: o título deste texto nada tem que ver com a realidade, ou tendo a ver, será pura ficção.
Como alguns saberão, a luta pela água, saneamento e piso nas ruas foi também uma das lutas que fiz em nome do Jarmelo (por consequência seria a de todas as terras do Concelho da Guarda, por simpatia de todas as terras do Distrito – as que ainda não tivessem, e por ambição, as do país).
Com nomes mais estranhos, mais inteligíveis ou mais sensíveis, o país viu-se “invadido” por um ataque de higiene e condição de bem estar para as populações. Os mais espertos da política, apressaram-se a chamar filho ao bastardo e a assumir casamentos múltiplos mesmo em contra-natura.
Era vê-los em públicos palanques apregoar o inevitável: água e saneamento já! Solidários com as populações que durante décadas pouco mais que desprezaram. Ainda me lembro da resposta tipo, quando a pergunta versava o tema para as terras do Jarmelo. Ainda me lembro que cada vez que havia eleições (e houve muitas vezes, durante demasiados anos pós 25 de Abril), da tentação da promessa lá saía mais uma bujarda, que a cada ano que passava mais insultava aqueles que tiveram que buscar por meios próprios um bem escasso e muitas vezes longínquo.
O povo deve andar tresloucado! Então agora que finalmente lhes vão pôr a água e o saneamento, fazem perguntas tão embaraçosas como se não quisessem lá esses bens por que tanto ansiaram?
Uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) poderá custar 200, 300 ou até mais (em milhares de euros), para uma população residente próxima aos 500 habitantes; somando a este facto que os sistemas “adutores” em “alta” em “baixa” e outros vocábulos que aqui poderíamos misturar (com alguma impropriedade de termos) custarão mais uns milhares, perto de milhões de euros.
Tudo isto traz os nossos avós, pais e vizinhos perturbados com o súbito interesse (pelo volume de negócio) que o resto do país está a sentir por alguns espaços do Portugal profundo!
Isto só para acalmar! de forma irresponsável, tenho tentado aliviar esta carga (que eles vão ler como uma dívida a algum político ou malabarista mais ou menos de trazer por casa), dizendo-lhes, que nem tudo se deve a quem anda a colher os louros, nem tudo se deve ao respeito (quase nada se deve ao respeito) que a sociedade tem por eles; mas que muito se deve ao que se deve.
Acho que os deixei um bocado mais baralhados.
Ag da silva (in Terras da Beira, 3 Jan 2011)
Aos leitores as minhas desculpas: o título deste texto nada tem que ver com a realidade, ou tendo a ver, será pura ficção.
Como alguns saberão, a luta pela água, saneamento e piso nas ruas foi também uma das lutas que fiz em nome do Jarmelo (por consequência seria a de todas as terras do Concelho da Guarda, por simpatia de todas as terras do Distrito – as que ainda não tivessem, e por ambição, as do país).
Com nomes mais estranhos, mais inteligíveis ou mais sensíveis, o país viu-se “invadido” por um ataque de higiene e condição de bem estar para as populações. Os mais espertos da política, apressaram-se a chamar filho ao bastardo e a assumir casamentos múltiplos mesmo em contra-natura.
Era vê-los em públicos palanques apregoar o inevitável: água e saneamento já! Solidários com as populações que durante décadas pouco mais que desprezaram. Ainda me lembro da resposta tipo, quando a pergunta versava o tema para as terras do Jarmelo. Ainda me lembro que cada vez que havia eleições (e houve muitas vezes, durante demasiados anos pós 25 de Abril), da tentação da promessa lá saía mais uma bujarda, que a cada ano que passava mais insultava aqueles que tiveram que buscar por meios próprios um bem escasso e muitas vezes longínquo.
O povo deve andar tresloucado! Então agora que finalmente lhes vão pôr a água e o saneamento, fazem perguntas tão embaraçosas como se não quisessem lá esses bens por que tanto ansiaram?
Uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) poderá custar 200, 300 ou até mais (em milhares de euros), para uma população residente próxima aos 500 habitantes; somando a este facto que os sistemas “adutores” em “alta” em “baixa” e outros vocábulos que aqui poderíamos misturar (com alguma impropriedade de termos) custarão mais uns milhares, perto de milhões de euros.
Tudo isto traz os nossos avós, pais e vizinhos perturbados com o súbito interesse (pelo volume de negócio) que o resto do país está a sentir por alguns espaços do Portugal profundo!
Isto só para acalmar! de forma irresponsável, tenho tentado aliviar esta carga (que eles vão ler como uma dívida a algum político ou malabarista mais ou menos de trazer por casa), dizendo-lhes, que nem tudo se deve a quem anda a colher os louros, nem tudo se deve ao respeito (quase nada se deve ao respeito) que a sociedade tem por eles; mas que muito se deve ao que se deve.
Acho que os deixei um bocado mais baralhados.
Ag da silva (in Terras da Beira, 3 Jan 2011)
PRESIDENCIAIS
PRESIDENCIAIS da LAICIDADE e da PA(d)RIDADE
Num dia destes, apeteceu-me cuspir pró ar.
Disse-se que Cavaco tinha violado a laicidade (violou-a toda ou ainda escapou algum laico?), ao pedir às pessoas “Espero que ele (padre) vos incentive a exercer o direito cívico”. GRAVE!!! também acho, e ainda inoportuno, não fosse pela reacção.
Nem foi preciso esperar 24 H, já se ouvia um PADRE (himself). E aqui Cito o SITIO de ALEGRE (é quase uma excitação), espero que num padre (a exitação) não chegue a ser mesmo física e carnal e ainda manual (pois seria um pecado contra a castidade, e a certa idade, precisar para o acto de apoio médico).
“O padre Costa Pinto começou por explicar que a sua presença (em Viseu) [“enquanto homem e cidadão” não tinha por objectivo “pedir o voto de ninguém para ninguém”. O padre católico elogiou Manuel Alegre e justificou as razões da sua escolha…”] fim de Citação. (ainda bem que isto é muito diferente do que o outro padre de Valpaços disse (dirá, ou talvez venha a dizer/apelar); pois trata-se, do padre Costa Pinto (do que li em vários suportes, apoiante do Bloco de Esquerda – um padre ilustrado/esclarecido e ainda mais laico e socialista que outros que possa haver do mesmo género).
Ora, o Padre de Valpaços, terra “cavaquistónica” (78,15%), [se chamarem a Viseu “Cavaquistão” (65,58%)]. Vai apelar a que as pessoas cumpram o seu dever cívico. Ou esse apelo só deve ser feito em terras não “cavaquistas”? ou esse apelo só deve ser feito por padres “esclarecidos”; com sabor, cheiro e cor CERTAS? (admitindo que não há padres insípidos, inodoros e incolores).
Eu próprio não estava à espera de escrever isto: Vá, vamos dizer que hoje (Sábado), quando ia calmamente pró Jarmelo, na rádio me despertou esta coisa do padre Costa Pinto, se afirmar “apartidário” no comício de Manuel Alegre, não apelando ao voto em ninguém. Até aqui muito bem. Ora então o que faz o senhor padre num comício laico? Atender em confissões? Ó senhor padre, deixe isso para depois das eleições, poupará, vai ver, quer nas penitências, quer nos conteúdos. Verá senhor padre, que depois das eleições, alguns já nem se confessarão! Vai ver que outros estarão arrependidos, e haverá mais alegria por um arrependido do que por noventa e nove que não precisem. (Lucas 15,1-32).
Agora senhor padre, à sua idade, experiência (provavelmente diversificada) e formação, considere que a sua expressão, naquele local e face à abominável “violação da laicidade” de Cavaco Silva, é tão inocente e oportuna como esta minha crónica.
ag da silva (in Terras da Beira, 20 Janeiro 2011)
Num dia destes, apeteceu-me cuspir pró ar.
Disse-se que Cavaco tinha violado a laicidade (violou-a toda ou ainda escapou algum laico?), ao pedir às pessoas “Espero que ele (padre) vos incentive a exercer o direito cívico”. GRAVE!!! também acho, e ainda inoportuno, não fosse pela reacção.
Nem foi preciso esperar 24 H, já se ouvia um PADRE (himself). E aqui Cito o SITIO de ALEGRE (é quase uma excitação), espero que num padre (a exitação) não chegue a ser mesmo física e carnal e ainda manual (pois seria um pecado contra a castidade, e a certa idade, precisar para o acto de apoio médico).
“O padre Costa Pinto começou por explicar que a sua presença (em Viseu) [“enquanto homem e cidadão” não tinha por objectivo “pedir o voto de ninguém para ninguém”. O padre católico elogiou Manuel Alegre e justificou as razões da sua escolha…”] fim de Citação. (ainda bem que isto é muito diferente do que o outro padre de Valpaços disse (dirá, ou talvez venha a dizer/apelar); pois trata-se, do padre Costa Pinto (do que li em vários suportes, apoiante do Bloco de Esquerda – um padre ilustrado/esclarecido e ainda mais laico e socialista que outros que possa haver do mesmo género).
Ora, o Padre de Valpaços, terra “cavaquistónica” (78,15%), [se chamarem a Viseu “Cavaquistão” (65,58%)]. Vai apelar a que as pessoas cumpram o seu dever cívico. Ou esse apelo só deve ser feito em terras não “cavaquistas”? ou esse apelo só deve ser feito por padres “esclarecidos”; com sabor, cheiro e cor CERTAS? (admitindo que não há padres insípidos, inodoros e incolores).
Eu próprio não estava à espera de escrever isto: Vá, vamos dizer que hoje (Sábado), quando ia calmamente pró Jarmelo, na rádio me despertou esta coisa do padre Costa Pinto, se afirmar “apartidário” no comício de Manuel Alegre, não apelando ao voto em ninguém. Até aqui muito bem. Ora então o que faz o senhor padre num comício laico? Atender em confissões? Ó senhor padre, deixe isso para depois das eleições, poupará, vai ver, quer nas penitências, quer nos conteúdos. Verá senhor padre, que depois das eleições, alguns já nem se confessarão! Vai ver que outros estarão arrependidos, e haverá mais alegria por um arrependido do que por noventa e nove que não precisem. (Lucas 15,1-32).
Agora senhor padre, à sua idade, experiência (provavelmente diversificada) e formação, considere que a sua expressão, naquele local e face à abominável “violação da laicidade” de Cavaco Silva, é tão inocente e oportuna como esta minha crónica.
ag da silva (in Terras da Beira, 20 Janeiro 2011)
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