PARTIDA DE CARNAVAL
(Chegada antes da Páscoa?)
Sobre a grande manifestação de adesão popular que se espera venha a ser mais uma vez o enterro e morte do galo do Entrudo na Guarda. E a propósito disto, a manifestação em Évora dos agentes culturais sobre as verbas assumidas e não pagas.
Imaginem lá que as diversas associações do concelho da Guarda, aproveitavam o evento (Julgamento e Morte do Galo do Entrudo), para se manifestar ali em praça pública sobre (nem digo contra) as verbas, que me escuso aqui contabilizar, que eventualmente a Câmara Municipal da Guarda lhes deve?
Mas deve? Deve como? Não é possível que deva assim tanto!
Pois não deve dever, senão a oposição já teria disso falado dizem os leitores.
Mas nisto, como noutros temas, os políticos, que estudaram, mais ou menos por cartilhas parecidas são muito iguais independentemente das universidades serem mais ou menos modernas ou independentes.
O que é que faz um politico, bom gestor de falta de verbas? Ora, simples: cria um REGULAMENTO de atribuição de verbas para o fim (objecto) ao qual deve. Já assim fazem os ministérios; quanto menos verba há disponível, mais candidaturas admitem, ou até inventam possíveis candidaturas. Qual o objectivo? Antigo saber dos nossos antepassados; “enquanto o pau vai e volta… folgam as costas”.
Em que é que resultou de bom o regulamento de apoio à prática desportiva? No mesmo de sempre: quem tinha canais preferenciais, certamente continuará a ter, quem não tinha, e também não arranjou…tem coisa nenhuma. Só que agora, coisa nenhuma regulamentada!
Soou-me que também para a actividade cultural já há um regulamento, refiro-me à Câmara Municipal da Guarda (se já há…) nada mais perverso, pois estamos muito para além da chamada antecâmara das situações tipo: “enterrados” em dívidas às entidades em causa… há que criar uma regulamentação para moralizar.
As associações, continuam a estar presentes, salvo raras excepções (e ressalvo aqui que a Associação Cultural e Desportiva do Jarmelo, a não estar presente no “Enterro e Morte do Galo”, nada se deverá à minha, suposta/possível nefasta influência). Ainda não percebi muito bem o que ainda consegue trazer as associações (certamente, por nutrirem mais simpatia por outras entidades, que por arautos da opinião e afins e tal).
Ainda bem que não percebo o que realmente se passa: nem o tamanho da dívida sei (se a houver, o que duvido muito); nem as promessas de a saldar sei (se as há); nem sei se no caso dos grupos que integram o projecto andarilho lhes acontece o mesmo (falta de verbas prometidas); ainda bem que não sei.
E afinal o que sei? Não sei. Vá, minto! Sei que um dia serão novamente todos elogiados, serão novamente todos colocados num platónico pedestal, e simples esta gente, como “somos”, sorriremos ao sorriso (porque assim foram educadas as pessoas desde pequenas), e disso faremos mais uma vez perceber que afinal está tudo bem! Aliás, nunca esteve tão bem (tirando, diga-se assim, que no desfile de dia 7 de Março, “este grupo é que poderia ter ido atrás do nosso, ou nós à frente.. ou aprecemos menos na televisão e assim”).
E como está agora muito em voga: Ainda está para nascer quem seja mais…. Sim, isso!
E a vida continua (quero mesmo dizer contínua).
in Terras da Beira, 3 Março 2011
Saturday, March 5, 2011
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