Friday, January 21, 2011

PRESIDENCIAIS

PRESIDENCIAIS da LAICIDADE e da PA(d)RIDADE
Num dia destes, apeteceu-me cuspir pró ar.
Disse-se que Cavaco tinha violado a laicidade (violou-a toda ou ainda escapou algum laico?), ao pedir às pessoas “Espero que ele (padre) vos incentive a exercer o direito cívico”. GRAVE!!! também acho, e ainda inoportuno, não fosse pela reacção.
Nem foi preciso esperar 24 H, já se ouvia um PADRE (himself). E aqui Cito o SITIO de ALEGRE (é quase uma excitação), espero que num padre (a exitação) não chegue a ser mesmo física e carnal e ainda manual (pois seria um pecado contra a castidade, e a certa idade, precisar para o acto de apoio médico).
“O padre Costa Pinto começou por explicar que a sua presença (em Viseu) [“enquanto homem e cidadão” não tinha por objectivo “pedir o voto de ninguém para ninguém”. O padre católico elogiou Manuel Alegre e justificou as razões da sua escolha…”] fim de Citação. (ainda bem que isto é muito diferente do que o outro padre de Valpaços disse (dirá, ou talvez venha a dizer/apelar); pois trata-se, do padre Costa Pinto (do que li em vários suportes, apoiante do Bloco de Esquerda – um padre ilustrado/esclarecido e ainda mais laico e socialista que outros que possa haver do mesmo género).
Ora, o Padre de Valpaços, terra “cavaquistónica” (78,15%), [se chamarem a Viseu “Cavaquistão” (65,58%)]. Vai apelar a que as pessoas cumpram o seu dever cívico. Ou esse apelo só deve ser feito em terras não “cavaquistas”? ou esse apelo só deve ser feito por padres “esclarecidos”; com sabor, cheiro e cor CERTAS? (admitindo que não há padres insípidos, inodoros e incolores).
Eu próprio não estava à espera de escrever isto: Vá, vamos dizer que hoje (Sábado), quando ia calmamente pró Jarmelo, na rádio me despertou esta coisa do padre Costa Pinto, se afirmar “apartidário” no comício de Manuel Alegre, não apelando ao voto em ninguém. Até aqui muito bem. Ora então o que faz o senhor padre num comício laico? Atender em confissões? Ó senhor padre, deixe isso para depois das eleições, poupará, vai ver, quer nas penitências, quer nos conteúdos. Verá senhor padre, que depois das eleições, alguns já nem se confessarão! Vai ver que outros estarão arrependidos, e haverá mais alegria por um arrependido do que por noventa e nove que não precisem. (Lucas 15,1-32).
Agora senhor padre, à sua idade, experiência (provavelmente diversificada) e formação, considere que a sua expressão, naquele local e face à abominável “violação da laicidade” de Cavaco Silva, é tão inocente e oportuna como esta minha crónica.

ag da silva (in Terras da Beira, 20 Janeiro 2011)

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